Potências Latentes


PROCLAMAÇÃO DA VITÓRIA ATRAVÉS D'UMA VISÃO
INTUITIVA DA REALIDADE

O Homem, na sua trajetória terrestre, embaraçando-se aqui, desembaraçando-se ali, vê ofuscarem-se todas as luzes de esperança, e ainda assim, prossegue na sua marcha, rumo ao futuro, aspirando alcançar o alvo com que sonha a sua alma. Ante as dificuldades que se lhe apresentam, reaviva as suas esperanças, na certeza absoluta de que a vitória pertence aos que lutam denodados neste campo de batalha, que é a nossa vida. Contempla, ao longe, a existência de exércitos inimigos, prontos a investirem, a qualquer momento, contra o seu pequeno arraial. Grita por socorro, alcançando, finalmente, a adesão de pequeno reduto e, eficazmente arregimentado, aguarda a aproximação do inimigo.

Poucos conseguem resistir firmemente, enquanto muitos desistem da luta, procurando uma fuga. Porém, nos momentos mais decisivos, e fechadas que são todas as portas de escape, o grande guerreiro evoca das profundezas da alma, as armas da esperança e, com firmeza, embrenha-se nesse emaranhado exército, numa luta sem tréguas. Encontra-se, muitas vezes, sozinho nessa luta, suportando, com bravura, as inclemências dos seus inimigos que, sem vacilar, lhe obstruem os caminhos por onde tenta conduzir-se. Nem por isso desisti, sabendo que longo é o caminho, e que por esta razão, outras oportunidades ainda surgirão.

O aperto é grande; a luta continua; o forte guerreiro esmera-se a arte de lutar, vencendo alguns obstáculos que se lhe deparam a cada momento. A sua firmeza e intransigência fazem temer os seus inimigos, os quais desconhecem a razão última da sua intrepidez. Alguns dos seus aliados retrocedem; os seus adversários, despreparados, supostamente alcançam a vitória. Eis senão, quando reaparecem, no cenário da guerra, novos aliados, representados pela coragem e pela força da sua vontade, em face dos quais, os seus adversários parecem arrefecer. Não obstante tudo isto, a luta prossegue, produzindo alguns prejuízos para as partes litigantes. Mas o grande guerreiro, após breve recesso, refeito das forças e empunhando suas armas, retorna a marcha, com coragem impoluta. Não teme as consequências, muito embora saiba que são inevitáveis os perigos que o aguardam.

Novas oportunidades favoráveis deparam-se-lhe, conquista novos horizontes e proclama, vitorioso, a sua liberdade.

Assim foi, é e assim será o triunfo do homem, que neste mundo não fala em derrotas, não se lança ao pessimismo, não de desespera, mas, obscurecendo todas as derrotas passadas que lhe foram fatais, tenta reedificar sobre as ruínas do passado, um novo edifício, cujos fundamentos não se abalam, porque firmados na rocha da paz, da esperança, e sobretudo do amor, que é o vínculo da perfeição.

Direitos Autorais Reservados
Autor: Pr. Idalino Rodrigues de Freitas
Formado em Direito Pela U.G.F - RJ

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